terça-feira, 19 de maio de 2015

Hoje minha mãe faria 83 anos...


Hoje minha mãe Maria Dalva faria 83 anos... nos deixou há 1 ano e sete meses... lúcida e no comando de tudo, mesmo depois de um AVC em que se recuperava … Agradeço a oportunidade de ter cuidado dela nos últimos dias, de vê-la recuperando, e conhecendo um lado meu que ela afirmava para todos não conhecer, me disse várias vezes durante aqueles dias: “filha acho que você pode ter outra profissão”, acho que ela não via muito futuro no jornalismo. Minha decisão naquele momento, outubro de 2013, era ficar cuidando dela em primeiro lugar, e encaixar meu trabalho de webjornalismo, fotografia e vídeo... A mulher corajosa, empreendedora, inteligente que queria ser arquiteta, uma artista no bordado, não fraquejava nem com a perda de seu grande amor, meu amado pai, que nos deixara 3 anos antes. Emagreceu 10 quilos em poucos meses, mas se manteve firme, independente, comandando tudo, fazendo-nos fortes também para acompanhá-la...Fez tudo por nós e muito mais...de maneira muito peculiar respeitou sempre nossas decisões na vida, mesmo não concordando com muitas delas...Acompanhava meu trabalho nos programas de televisão, matérias de jornais… mas no fundo queria que eu tivesse um trabalho que me desse mais segurança...Era uma mulher severa, austera, sincera, justa, inteligente, criativa... que mesmo morando no interior fez questão de dar uma educação superior a todos os 7 filhos, uma mulher extraordinária...Devo tudo que sou a ela e a meu pai, sua herança, a verdadeira herança, seus valores, sua honestidade e seu amor incondicional pelos filhos...Como ela venceu...como foi longe em todos os sentidos...teve a morte que quis, pois estava em casa, a casa que ela planejou e construiu com meu pai, nos meus braços, com minha irmã e um irmão, naquele dia ela disse que queria ir para casa e assim foi...Ela não merecia sofrimento e nunca quis ficar dependente...Fui me despedir dela sem saber nas últimas férias com meus filhos, 15 dias de chuva ininterrupta na cidade de Piumhi, quando quase terminamos um quebra cabeças de 1000 peças... e depois na volta de um trabalho na Argentina, quando ficou orgulhosa das fotografias e vídeos que fiz por lá... Pude sair com ela, visitar pessoas, conversar na varanda, aliás há anos minha ida a minha cidade natal era sempre para estar ao lado de meu pai e minha mãe...um mês depois dessa visita, em Florianópolis, eu recebia a notícia do AVC... e ainda pude ficar com ela nos últimos dias antes dela ir embora... Me lembro dela lúcida não querendo dar trabalho a ninguém, como se cuidar de alguém que se ama e que sempre cuidou dos filhos fosse trabalho... tive esta felicidade, que ninguém me tira... minha amada mãe... Maria Dalva... era prá me despedir... Me lembro dela todos os dias de minha vida... Agradeço o privilégio de conviver com esta mulher maravilhosa, exemplo de força e perseverança para nossa família. Obrigada, querida Mãe!

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