Carlos Drummond de Andrade
Maria Dalva Menezes Ferreira
In Memoriam
Saudades Eternas!
19-05-1932
22-10-2013
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido
ao lado do nosso amor e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto
e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida". Vinícius de Moraes
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Definitivo
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Mensagem de Lucas Lobato Ferreira em 23/10/2013
Família é amar!
Lucas Lobato Ferreira
Hoje acordei diferente, a dúvida de uma certeza, para onde vamos não sei, mas continuamos por aqui, sempre eternizados em nossos comuns, irmãos, irmãs, filhos e filhas, netos, netas, sobrinhos, amigos, agregados, todos formando essa linda família.
Mês de Outubro, final de ano, expectativas e um pequeno, mas forte aperto no coração, como uma semente que prestes a brotar já começa a inchar, enraizada dentro de cada um de nós.
Uma melancia para distrair o estomago pela manha, nostalgia... o cheirinho de caju me recorda uma de suas frutas preferidas, dessa senhora de 81 anos de lindas histórias, mulher forte, inteligente e trabalhadeira. Uma cega que borda, brinca de quebra cabeça, lê e cozinha como ninguém. Ahh, aquela comida deliciosa agora pertence as nossa lembranças.
Perto do natal, as natalinas, linda, já aguardam para brotar e dar vida àquelas janelas, que outrora carregava a silhueta de um casal tão amado por todos nós.
Procurei em fotos o que encontrei dentro de mim, cada lembrança das histórias e manias, da vovó e do vovô, agora juntinhos lá em cima cuidando de cada um de nós, como se fossemos novamente recém nascidos, de uma nova vida, choramingando, procurando um abraço, o colo carinhoso, e encontrando-os.
Gratidão é pouco, a dor é passageira, mas o amor, este é infinito.
Mês de Outubro, final de ano, expectativas e um pequeno, mas forte aperto no coração, como uma semente que prestes a brotar já começa a inchar, enraizada dentro de cada um de nós.
Uma melancia para distrair o estomago pela manha, nostalgia... o cheirinho de caju me recorda uma de suas frutas preferidas, dessa senhora de 81 anos de lindas histórias, mulher forte, inteligente e trabalhadeira. Uma cega que borda, brinca de quebra cabeça, lê e cozinha como ninguém. Ahh, aquela comida deliciosa agora pertence as nossa lembranças.
Perto do natal, as natalinas, linda, já aguardam para brotar e dar vida àquelas janelas, que outrora carregava a silhueta de um casal tão amado por todos nós.
Procurei em fotos o que encontrei dentro de mim, cada lembrança das histórias e manias, da vovó e do vovô, agora juntinhos lá em cima cuidando de cada um de nós, como se fossemos novamente recém nascidos, de uma nova vida, choramingando, procurando um abraço, o colo carinhoso, e encontrando-os.
Gratidão é pouco, a dor é passageira, mas o amor, este é infinito.
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Mensagem de Lucas Lobato Ferreira em 23/10/2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Eterno
Eterno, é tudo aquilo que dura
uma fração de segundo,
mas com tamanha intensidade
que se petrifica,
e nenhuma força jamais o resgata!
uma fração de segundo,
mas com tamanha intensidade
que se petrifica,
e nenhuma força jamais o resgata!
Fácil é ditar regras.
Difícil é segui-las. Ter a noção exata
de nossas próprias vidas ao invés
de ter a noção da vida dos outros.
de nossas próprias vidas ao invés
de ter a noção da vida dos outros.
Fácil é perguntar o que se deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender
a resposta.
a resposta.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é
e te fazer feliz por inteiro.
e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na agenda telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir
que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?".
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida
de alguém de nossas vidas.
de alguém de nossas vidas.
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo
como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente
algo que fez muito errado.
algo que fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém. Dizer o que se deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade
quando preciso e com confiança no que diz.
quando preciso e com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer,
ou ter coragem para fazer.
ou ter coragem para fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece,
te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver,
sem ter medo do depois. Amar é se entregar e aprender
a dar valor a quem te ama.
sem ter medo do depois. Amar é se entregar e aprender
a dar valor a quem te ama.
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que
expressem sua opinião.
expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
(Carlos Drumond de Andrade)
o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
(Carlos Drumond de Andrade)
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se
embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não
apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na
pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer
acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe,
na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério
profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava
uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de
seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
feito grão de milho.
Canção pra você viver mais
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